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7 de agosto de 2011

Sabe aquele filme do Primeiro Vingador?


Pois é... não é algo incomum esperarmos muito de um filme, e ao sairmos do cinema concluirmos que realmente o filme não atingiu nossas expectativas, mas no caso de Capitão América, que chegou com bilheteria estrondosa aos cinemas, a sensação é mesmo de que fui completamente enganada.


Não que eu achasse que seria realmente o filme do ano, título que deixo para RDM Parte II como já comentado aqui, mas um filme com o elenco composto dentre outros por Tommy Lee Jones, Stanley Tucci e o venerável Hugo Weaving, poderia ser melhor. Então quando entrarem na sala de cinema, deixem todas suas expectativas pra trás, ou sairão decepcionados. Não que seja um filme ruim, de forma alguma... é um bom filme, mas só.

Com marketing massivo e críticas ótimas, especialmente ao vilão que foi comparado ao Joker de Heath Ledger (o que não é pra qualquer um) fui impulsionada a assistir ao filme esse fim de semana. E é justamente sobre ele que começo falando: Caveira Vermelha foi provavelmente seu pior papel no cinema. A interpretação não está ruim, mas longe da maestria de papéis como Agente Smith (Matrix), Elrond (Senhor dos Anéis), Mitzi (Priscilla - A Rainha do Deserto) ou do sensacional V (V de Vingança). Falta peso e densidade ao personagem, o que é claramente um furo no roteiro e na direção.

Tommy Lee Jones, interpretando o Coronel Chester Phillips, deu o tom certo ao personagem e funcionou muito bem, tal como Stanley Tucci, que foi pra mim o melhor desempenho no filme, como o Doutor Abraham Erskine, que soube aproveitar MUITO bem seu pouco tempo em tela, como sempre faz.

Mas a grande surpresa em termos de atuação pra mim, foi o até então insosso Chris Evans, que havia interpretado anteriormente o irritante Tocha Humana em Quarteto Fantástico, e que trouxe um outro tom ao Capitão América... não acreditava que ele seria capaz, mas fato é que ele foi muito feliz nesse papel, do musculoso sensível.

Deixando de lado o campo das atuações, o filme traz um trabalho bom, porém sem muitas novidades nos outros departamentos, nenhuma grande surpresa estética também, e também alguns clichês.

Como disse antes, não é um filme ruim, mas decepciona depois de tantas críticas dando mais créditos ao filme do que ele merece.

Destaque para o tom altamente nacionalista (nos EUA, é claro), que poderia ser menos exagerado na película, mas há de se entender que um filme desses surja num momento de crise em todos os âmbitos nos EUA. Devo dizer que o incentivo de jovens a se alistarem para a morte certa, presente em algumas falas do filme, como se fosse uma grande honra para você morrer pelo seu país (que se importa mais com petróleo e poder do que com a vida de seus habitantes), me cheira ao mesmo tipo de lavagem berebral sofrido pelos kamikazes e pelos terroristas e homens bomba, salva suas proporções, obviamente. Mas é claro que pros Americanos, isso funciona. E não adianta vir aqui reclamar que o filme só quis ser fiel aos quadrinhos, pois todos sabemos como adaptações para cinema funcionam, e o motivo disso tudo.

Por fim, o filme serve como uma ponte, a peça final que se junta à Thor, Hulk e Homem de Ferro para o filme Os Vingadores que estreará em 2012, e eu assistirei, com certeza. A quem pretende ir ao cinema, bom filme e duas dicas:

1 - Não é necessário assistir em 3D, o filme não tem efeitos em 3D.
2 - Fiquem até o final dos créditos.

Até mais, pessoal.

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